Desmatamento na Amazônia em 2024: Avanços e Desafios Persistentes

Em 2024, a Amazônia brasileira apresentou uma redução significativa nas taxas de desmatamento, resultado de políticas ambientais mais rigorosas e do fortalecimento de iniciativas de preservação. No primeiro bimestre do ano, registrou-se a menor taxa de desmatamento dos últimos seis anos, com uma queda de 63% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados …

Em 2024, a Amazônia brasileira apresentou uma redução significativa nas taxas de desmatamento, resultado de políticas ambientais mais rigorosas e do fortalecimento de iniciativas de preservação. No primeiro bimestre do ano, registrou-se a menor taxa de desmatamento dos últimos seis anos, com uma queda de 63% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Essa diminuição é atribuída a ações governamentais que incluem a criação de áreas protegidas, o monitoramento contínuo por satélite e a aplicação de sanções mais severas contra atividades ilegais. O Fundo Amazônia, por exemplo, alcançou um recorde histórico de aprovações de projetos, totalizando R$ 882 milhões em 2024, superando o recorde anterior de R$ 553 milhões em 2023.

No entanto, apesar desses avanços, desafios significativos persistem. Em 2024, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) identificou um aumento de 100% no número de queimadas em comparação ao mesmo período de 2023, com 50% desses focos registrados na Amazônia e 32% no Cerrado. Além disso, o Brasil bateu um recorde de emissões de carbono, liberando 180 megatoneladas de carbono na atmosfera, principalmente devido ao aumento das queimadas.

Especialistas alertam que, embora as políticas de combate ao desmatamento estejam mostrando resultados positivos, é crucial intensificar os esforços para prevenir e controlar as queimadas, que continuam a ameaçar a integridade da floresta amazônica e contribuem significativamente para as mudanças climáticas globais.

A comunidade internacional também desempenha um papel fundamental nesse contexto, com países como Alemanha, Noruega, Estados Unidos e Japão contribuindo para o Fundo Amazônia, reforçando a importância da cooperação global na preservação da maior floresta tropical do mundo.

Em suma, 2024 foi marcado por progressos notáveis na redução do desmatamento na Amazônia brasileira, mas os desafios relacionados às queimadas e às emissões de carbono ressaltam a necessidade de uma vigilância contínua e de ações coordenadas para garantir a preservação desse ecossistema vital.