Em vistoria realizada nesta segunda-feira (14), o Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) identificou condições alarmantes no Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, em Belém. A presidente da entidade, médica Tereza Cristina Azevedo, relatou estrutura precária, ausência de insumos básicos e uma média de 80 óbitos mensais na unidade, evidenciando a gravidade da crise na saúde pública da capital paraense.
O Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, conhecido como PSM da 14 de Março, em Belém, enfrenta uma situação crítica, conforme constatado pelo Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) durante uma vistoria técnica realizada nesta segunda-feira (14). A presidente do CRM-PA, médica Tereza Cristina de Brito Azevedo, descreveu o cenário como “caótico” e “calamitoso”, destacando a falta de medicamentos essenciais, como analgésicos e antibióticos, além de insumos básicos para atendimento.
Durante a inspeção, foram observadas macas nos corredores, pacientes aguardando atendimento em cadeiras improvisadas e relatos de profissionais de saúde trabalhando sob extrema pressão devido à superlotação e à escassez de recursos. A ausência de vigilância e de serviços de limpeza, atribuída ao atraso no pagamento dos funcionários, agrava ainda mais a situação, comprometendo a segurança e a higiene da unidade.
A vistoria também contou com a presença de representantes do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), que, após a fiscalização, anunciou a elaboração de um relatório detalhado sobre as condições encontradas. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou que iniciou um processo de compra emergencial para suprir a falta de insumos e medicamentos, com previsão de reabastecimento entre 48 e 72 horas.
A crise no PSM da 14 de Março reflete os desafios enfrentados pela saúde pública em Belém, exigindo ações imediatas das autoridades para garantir atendimento digno e eficaz à população.
