Mudanças na BR-316 com o BRT geram lentidão e confusão no trânsito

O Governo do Pará iniciou a operação do BRT Metropolitano na BR-316, principal via de acesso entre Belém, Ananindeua e Marituba, que recebe cerca de 49 mil veículos por dia. A entrega do sistema marca o fim dos antigos retornos e a ativação da pista exclusiva para ônibus. No entanto, os primeiros dias foram marcados por engarrafamentos intensos e muita insatisfação entre os motoristas.

Nas redes sociais, condutores relataram esperas de até duas horas, especialmente nas proximidades dos novos viadutos obrigatórios para conversões, como o do Coqueiro, o primeiro após o Entroncamento, no sentido Marituba. “O que era rápido virou pesadelo”, escreveu um usuário do X (antigo Twitter), em meio a dezenas de queixas semelhantes.

Com a inauguração, o Departamento de Trânsito do Pará (Detran) determinou o fechamento definitivo dos antigos retornos e retirou os semáforos da rodovia. Agora, as manobras devem ser feitas exclusivamente pelos viadutos. “Essas conversões ocupavam a pista de pavimento rígido e se tornaram de alto risco com a circulação do BRT. Os viadutos reduzem colisões e garantem fluxo contínuo”, explicou o coordenador de Fiscalização e Operações do Detran, Ivan Feitosa.

O órgão reforçou que câmeras inteligentes monitoram a rodovia 24 horas por dia, registrando infrações como avanço de sinal e invasão da faixa exclusiva. “As mudanças acompanham o crescimento do tráfego e seguem modelos de grandes centros urbanos. A fluidez virá com a adaptação de todos”, afirmou Feitosa, pedindo paciência aos usuários.

Apesar da promessa de melhor fluidez e segurança, os primeiros dias de funcionamento mostraram um cenário oposto. Motoristas de aplicativo, caminhoneiros e moradores da região relatam gargalos e lentidão nas entradas e saídas dos viadutos. “O viaduto vira funil. Quem vem de Ananindeua para Belém ou vice-versa perde o dia inteiro”, desabafou um condutor em grupo de mensagens.

O Detran orienta os motoristas a planejar rotas com antecedência, respeitar a nova sinalização e, se possível, evitar horários de pico. A autarquia promete reforçar a presença de agentes ao longo dos próximos dias para organizar o fluxo e coibir infrações.

A expectativa é de que, após o período de adaptação, a BR-316 finalmente ofereça mais segurança e agilidade no transporte metropolitano. Até lá, para muitos condutores, a paciência segue sendo o único retorno garantido.

Com informações: Ver o Fato.

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