Lula reforça legado da COP30 e diz que “cada centavo investido em Belém é do povo”

Belém (PA) — Durante visita às principais obras preparatórias para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), nesta sexta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os investimentos feitos na capital paraense deixarão um legado duradouro. “Cada centavo que nós colocamos aqui é do povo de Belém, e ninguém tira mais”, declarou o presidente ao vistoriar o Parque da Cidade, futuro epicentro do evento.

Lula destacou que as intervenções vão muito além dos 20 dias da conferência, prevista para 2025. “Não tem obra só para a COP. Depois que ela terminar, tudo isso ficará para o povo do Pará e de Belém”, afirmou. Ele também ressaltou os impactos positivos das obras em áreas como mobilidade urbana e turismo. “Quando esses canais estiverem bem tratados, as ruas arrumadas, o turista virá. Melhorar a qualidade de vida da população também significa atrair mais visitantes”, completou.

Maior intervenção urbana de Belém

O Parque da Cidade, construído em uma área de 500 mil m² onde funcionava um antigo aeroporto no bairro da Sacramenta, é considerado a maior intervenção urbana da capital em um século. O espaço abrigará as Zonas Azul e Verde da COP30. A primeira receberá as negociações oficiais e chefes de Estado, enquanto a segunda, aberta ao público, promoverá debates e soluções ambientais em um espaço plural e democrático.

Com projeto paisagístico que inclui mais de 2.500 árvores, 190 mil plantas ornamentais e tecnologias sustentáveis como energia solar e captação de água da chuva, o parque já recebeu mais de 670 mil visitantes desde sua inauguração parcial, em julho de 2025.

Infraestrutura reconhecida

O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, elogiou a estrutura do Parque da Cidade. “Já é reconhecida como a mais bem planejada de todas as COPs. O corredor central é brilhante e facilita a circulação”, disse.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o evento encantará os visitantes. “O mundo sairá daqui maravilhado com a Amazônia, com a infraestrutura, a culinária e o calor humano do povo paraense.”

Combate a alagamentos e urbanização

Lula também visitou as obras de macrodrenagem do Canal da União, parte do projeto da Bacia do Tucunduba, que inclui retificação de canais, redes de saneamento e urbanização de vias. O conjunto integra o maior projeto de urbanização de favelas financiado pelo BNDES, com investimento de R$ 847 milhões, beneficiando cerca de 500 mil pessoas em 12 canais da cidade.

Moradores comemoram as melhorias. “Vai melhorar muito pra nós. A água vinha muito suja e agora terá tratamento. Só gratidão”, disse Zilda Costa, moradora do bairro Marco.

Legado urbano e obras estruturantes

Com financiamento total de R$ 1,5 bilhão do BNDES, as obras incluem intervenções nas bacias do Tucunduba e Murucutu, beneficiando 300 mil moradores e combatendo inundações históricas. Também estão em andamento projetos no Mangueirão, Avenida Tamandaré e Rua da Marinha, além da modernização do Hangar Centro de Convenções, do Terminal Hidroviário Internacional e do Complexo Mercedários.

Porto Futuro II e Museu das Amazônias

Outro destaque da agenda presidencial foi a visita ao Porto Futuro II, que transforma um antigo porto industrial em complexo cultural e de lazer. No local, Lula participou da entrega do Museu das Amazônias, dedicado à ciência e à biodiversidade da região.
O espaço conta com exposições como “Amazônia”, de Sebastião Salgado, e “Ajurí”, que celebra a diversidade biocultural da floresta.

O presidente Lula inaugurou o Museu das Amazônias, espaço que celebra a ciência, a tecnologia e a diversidade da região – Foto: Ricardo Stuckert/PR

Gastronomia e bioeconomia

O Porto Futuro II também abrigará o Porto Gastronômico, com 15 empreendimentos locais e experiências que valorizam a culinária paraense. Já o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia será o primeiro centro do país dedicado à industrialização de produtos florestais e ao desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, reunindo laboratórios, coworkings e espaços de pesquisa e negócios.

Com as obras avançadas e legado garantido, Belém se prepara para receber, em 2025, a conferência climática mais importante do planeta — um marco histórico que promete transformar a capital paraense e colocá-la no centro do debate global sobre o futuro do clima.

Com informações: Governo Federal

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